De paciente à medico

 Minha história começa bem cedo…

    Quando eu tinha 3 anos já dava alguns sinais de que eu daria trabalho. Minhã mãe (Débora) sofria quando eu apresentava um     comportamento desafiado e impulsivo, minha família sempre dizia: “esse menino não para não?”. Lembro da historia de que às     vezes acordava cedo já querendo brincar com todo mundo, sempre alegre, porém, por vezes inconveniente. Um tio meu     costumava me observar e dizia que eu ficava ligado o tempo todo e de repente parava “quando acabava a bateria” – eu     dormia muito rápido quando isso acontecia.

        Na escola, sempre fui desorganizado e desastrado por natureza. O último a ser escolhido para as brincadeiras na Educação         Física, tinha dificuldades em realizar as atividades da sala de aula, mas era o melhor em vídeo games – não que isso fosse         uma vantagem – mas sempre ouvia aquela historia:  “quando ele quer aprender, ele aprende”.

            No ensino médio e adolescência surgiram novos problemas: recuperação em todas as matérias! Mas sempre dava conta             no final e os professores falavam: “porque você não estudou antes ?”.

        E isso não era um questionamento inválido, mas eu era apenas um adolescente começando a vida e à época pouco se falava         sobre TDAH e outros distúrbios. Sendo assim, eu não conseguia manter uma rotina e muito menos manter atenção na sala                                                                                     de aula por mais que tentasse. Além disso, sempre era colocado no fundo da sala por ser alto e isso também me                                                                                     prejudicava. 

Ao mesmo tempo de toda a questão escolar também tive um comportamento impulsivo na vida pessoal, o que por vezes me levou a ser um grande “rebelde sem causa”.

Como muitas pessoas com TDAH também apresentei problemas como vícios em jogos eletrônicos, dificuldade em manter relacionamentos amorosos e até problemas com uso de álcool na adolescência.

Organização parecia não fazer parte da minha vida, sabe aquele quarto de adolescente terrivelmente bagunçado? Essa é a imagem da minha adolescência. Começava sempre vários cursos e vários esportes, mas não “parava” em nada.

Apesar de toda dificuldade escolar sempre tive um ótimo raciocínio o que me permitia me adaptar, e às vezes terminava os exercícios de matemática, química e física por meios alternativos. Consegui ser aprovado no vestibular de Engenharia de Computação, que não cheguei a concluir e depois em Medicina.

Na faculdade de medicina, já no primeiro período, senti a exigência do curso e tive muita dificuldade nas primeiras provas, até que um grande amigo, mais velho que eu, me falou sobre o TDAH e então procurei o Dr. Rubens Soares de Melo. 

Após todo o procedimento de investigação diagnóstica constatou-se que eu era mais um hiperativo no mundo. E como estudante de medicina comecei, desde já, a estudar e me aprofundar sobre o assunto. Aprendi a lidar comigo mesmo e graças ao tratamento consegui me formar em Medicina. 

Durante a especialização em Pediatria, em um congresso de Neurologia Infantil, pude conhecer vários médicos da Faculdade de Medicina do ABC, os quais me apresentaram a outro Rubens, um grande especialista na área, que felizmente tornou-se meu querido chefe de Residência, Dr. Rubens Wajnsztejn fundador chefe da cadeira de Neurologia Infantil da FM ABC, onde me formei e pude aprender mais ainda com toda sua equipe e grandes colegas de profissão, sobre o TDAH. E não paro por aqui, presumo que o estudo sobre esse aérea talvez nem tenha fim. 

Acredito que minha trajetória até aqui, possa além de toda assistência médica padrão, acrescentar algo a mais na vida de todos  hiperativos/desatentos assim como eu fui um dia. Espero que tenham percalços mais breves  que os meus.

Aproveito ainda para deixar meu muito obrigado aos que me aguentaram em especial aos meus professores e a minha família.

Desde sempre, com aquela historia de que começa tudo e não termina, começava sempre em vários cursos e vários esportes, mas não parava em nada, mas longe da minha família e com toda essa dificuldade de me manter organizado. Apesar de toda dificuldade escolar sempre tive um ótimo raciocínio o que me permitia me adaptar, e às vezes terminava os exercícios de matemática e física por meios alternativos, e consegui passar no vestibular de Medicina, mas ao chegar na faculdade logo no primeiro período a exigência era muito grande  e tive muita dificuldade nas primeiras provas, até que um grande amigo mais velho me falou sobre o TDAH então procurei o Dr Rubens Soares de Melo e após todo procedimento de investigação diagnostica constatou em que eu era mais um hiperativo no mundo, já como estudante de medicina comecei a estudar muito sobre o assunto, e aprendi a lidar comigo mesmo, graças ao tratamento consegui me formar em Medicina, e durante a especialização em pediatria no congresso internacional de neurologia infantil pude conhecer vários médicos da faculdade de Medicina do ABC que me apresentaram a outro Rubens especialista na área desta vez o meu querido chefe de residência Rubens Wajnsztejn  que é hoje o meu chefe e me ensinou junto com toda sua equipe sobre o TDAH e graças a isso hoje posso ajudar a todos do mesmo jeito que fui ajudado para chegar até aqui. Deixo meu muito obrigado aos que me aguentaram em especial aos meus professores e a minha família

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